domingo, 4 de março de 2012

Eu canto.


Eu canto na esperança de que um anjo passe em baixo da minha janela e se inspire com a letra que sai da minha boca. Canto pra espantar, canto pra atrair. Não é o canto da sereia, nem tem essa intenção. É pra atrair sentimento, não pessoa. Eu canto por dentro, pra que só eu possa ouvir. Mas quem olhar bem fundo nos meus olhos vai perceber a melodia que está na vitrola. E é aquele som meio sujo, meio bagunçado, como o de um disco antigo mesmo, mas que não deixa de ser bonito. Eu canto alto, eu grito pra que todo sentimento ruim se vá com as palavras tristes, e todo o amor do mundo entre no lugar dessas coisas ruins.
Eu canto o barato, eu pinto o sete, eu atuo na vida como coadjuvante, e até faço mímica. Mas deixar de usar a arte da vida, nunca.

0 Falatórios:

Postar um comentário