quinta-feira, 26 de abril de 2012

What if?

Sei que já escrevi sobre isso umas mil vezes, mas o “quase” é o que me mata. Detesto a iminência, o vai-não-vai. Em muitos aspectos da minha vida, eu fiquei no “quase”. Na maioria das vezes, posso dizer. E o que me dá mais raiva é quando não depende de mim para que o “quase” se torne um fato.
Prefiro o sim ou o não ao talvez. Gente indecisa não é comigo. Pode até não estar na minha essência ser decidida, mas eu tento ao máximo. Faço lista de prós e contras, peço sinal ao divino, vejo nas cartas, sei lá. Só sei que se depender de mim, no “quase” eu não fico.
Detesto falhar, detesto me sentir imprestável e detesto aquela situação de “não há mais nada para fazer a não ser lamentar”. Mas se for para me sentir no meio do caminho de um trabalho bem feito, eu nem começo.
Todo mundo relaxa, todo mundo esquece de dar seu máximo às vezes. Também não curto me sentir como todo mundo, mas infelizmente, sou um ser humano e também falho. Só posso dizer que a minha vida inteira eu trabalhei para o sucesso, e não para o “quase”. Agora, se não foi/é o bastante, só vou saber depois que analisar todos os meus atos, colocar na balança e tirar uma conclusão disso tudo.
Se depender de mim, saio do “quase” e vou para o sucesso indiscutível, porque é para isso que eu estou aqui. Como um amigo meu sempre diz: "Se tiver de atirar, atire. Não fale."

domingo, 22 de abril de 2012

Dois mil em doze.


Quando se trata de gente, eu só acredito naquilo que posso tocar. Não fisicamente, mas daquilo que posso dizer ter provas concretas de que existe. Posso até levar a sério tudo o que me falarem, mas só terei a certeza de tudo quando ver as provas através das atitudes, principalmente.
Tenho esse pensamento porque sempre me alertaram sobre quão traiçoeiro é o ser humano. Traiçoeiro e inconstante. Para quê esperar levar uma queda para aprender que não devo passar por ali? Basta aprender com a queda dos que foram na frente. 
Confiar, para mim, é algo muito sério. Não digo isso por más experiências, nem nada do tipo. Digo isso porque quando confio em alguém a ponto de mostrar todos os meus "eus", é porque tenho certeza de que esse alguém não vai sair correndo com medo das minhas caras e bocas.
Tenho plena consciência de que não sou normal. Sou bem melhor que isso, para falar a verdade. Mas é preciso coragem para aceitar essa idéia sobre mim, sem chacoalhar um pouco. Se chacoalhar, e daí? Bom saber que saiu da minha vida alguém que não me aceita. Extremista? Talvez. 
Então, antes de dar um passo no escuro, é bom esticar as mãos e tentar perceber no tato o que vem pela frente, para saber se é seguro ou ainda há algum degrau no caminho.

domingo, 15 de abril de 2012

SE JOGA!


Eu sou muito sincera. Sincera até demais. É por isso que muitas vezes perco todo o charme, porque falo tudo que penso e me entrego rápido demais, psicologicamente falando. O problema é que eu detesto joguinho, em toda e qualquer relação que eu venha a ter, e muita gente só conhece esse jeito de se relacionar.
Mas o problema maior é quando eu sei o que dizer, mas não como dizer. Odeio despedida, sempre odiei. Sempre digo que “odiar” é uma palavra muito forte. E nesse caso, ela é perfeita para descrever o que sinto.
Eu odeio despedidas porque depois delas, nada mais continua o mesmo. Tudo fica preto e branco, e tende a apodrecer até se decompor por completo. E dói muito olhar para trás, ver como as coisas eram lindas, e depois olhar para o presente e ver aquele resto tentando se reerguer sem sucesso.
            Detesto quando as coisas mudam, e eu fico comparando porque é inevitável. Mas voltando a minha sinceridade... Eu sempre magôo alguém com ela. Sempre estrago tudo e me sinto uma porcaria, mesmo sabendo que esse era o único jeito.
            Sou adepta à idéia de que prefiro ter uma experiência boa, mesmo sabendo que não será eterna, pelo simples prazer de ter uma experiência boa. Só que isso soa um pouco egoísta, porque algumas vezes, a minhas aventuras só se tornam completas com meus amores, com sentimentos e pensamentos (muitas vezes totalmente diferentes) como os meus. E eu esqueço que também tenho sentimentos, e acabo até por me posso auto-sabotar.
            Mas e aí, vou fazer o quê? Vou ficar parada para não acabar com algumas cicatrizes? Acho que não. Vou me jogar, porque o mar é violento e só está me esperando saltar.

domingo, 1 de abril de 2012

Bom saber.



Me disseram que tenho escrito muito sobre amor. Mas é o meu assunto preferido, tenho que confessar. Eu sou do tipo de pessoa que prefere falar sobre o que não sabe, do que o que sabe. Falar do que não sabemos é tão mais fácil (e divertido). Posso imaginar mil coisas, posso fantasiar e especular mil idéias sem ter que ouvir dizerem que estou errada. Se eu não sei do que eu estou falando, claro que posso estar errada. Mas e daí?
Não que eu não conheça o amor, é claro que o conheço. Tenho contato com ele todo dia, desde o primeiro abrir dos meus olhos. Mas ele se disfarça tão bem no meu peito que só depois percebo que é amor. Em todas as suas cores, intensidades e maneiras de se mostrar para mim.
Só que eu acho que o amor-paixão é como uma dor. Você só sabe onde é e como é, quando sente. Você pode falar dela depois, claro, mas nunca será exatamente como a dor realmente é. Pensei em outro exemplo para isso, mas não encontrei. Como uma cor. Uma cor. Como se descreve uma cor? Me fale sobre o Ciano. Só saberei mesmo como é o ciano quando vê-lo. Pronto, uma cor.
Falar do que não se sabe é muito mais confortante, porque não preciso estar caída ao chão para poder falar daquele sentimento que te faz ficar assim. Falar do que não sei é menos doloroso, neste caso. Mas eu amo o tempo inteiro, de maneiras sempre diferentes.
Engraçado demais isso. Há um tempo, amor era amor e pronto. E a cada experiência, descubro coisas novas. Amor é raiva, é indecisão, dor de estômago, soco no coração e carinho na cabeça. Será?
Mais engraçado ainda é que ali em cima, onde escrevi “amor era amor”, o programa de texto quis me corrigir, bem no “era”. E ele está certo. Amo não era, amor é e sempre será amor. Bem lembrado. Bom saber.