domingo, 1 de abril de 2012

Bom saber.



Me disseram que tenho escrito muito sobre amor. Mas é o meu assunto preferido, tenho que confessar. Eu sou do tipo de pessoa que prefere falar sobre o que não sabe, do que o que sabe. Falar do que não sabemos é tão mais fácil (e divertido). Posso imaginar mil coisas, posso fantasiar e especular mil idéias sem ter que ouvir dizerem que estou errada. Se eu não sei do que eu estou falando, claro que posso estar errada. Mas e daí?
Não que eu não conheça o amor, é claro que o conheço. Tenho contato com ele todo dia, desde o primeiro abrir dos meus olhos. Mas ele se disfarça tão bem no meu peito que só depois percebo que é amor. Em todas as suas cores, intensidades e maneiras de se mostrar para mim.
Só que eu acho que o amor-paixão é como uma dor. Você só sabe onde é e como é, quando sente. Você pode falar dela depois, claro, mas nunca será exatamente como a dor realmente é. Pensei em outro exemplo para isso, mas não encontrei. Como uma cor. Uma cor. Como se descreve uma cor? Me fale sobre o Ciano. Só saberei mesmo como é o ciano quando vê-lo. Pronto, uma cor.
Falar do que não se sabe é muito mais confortante, porque não preciso estar caída ao chão para poder falar daquele sentimento que te faz ficar assim. Falar do que não sei é menos doloroso, neste caso. Mas eu amo o tempo inteiro, de maneiras sempre diferentes.
Engraçado demais isso. Há um tempo, amor era amor e pronto. E a cada experiência, descubro coisas novas. Amor é raiva, é indecisão, dor de estômago, soco no coração e carinho na cabeça. Será?
Mais engraçado ainda é que ali em cima, onde escrevi “amor era amor”, o programa de texto quis me corrigir, bem no “era”. E ele está certo. Amo não era, amor é e sempre será amor. Bem lembrado. Bom saber.

2 Falatórios:

André Maciel disse...

Pode falar de mim, eu deixo.

Priscilla Saraiva disse...

*.*

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