Eu tenho 22 anos de idade. Eu não sei nada da vida. Eu não
sei muito de mim também. Eu não consigo
imaginar saber tudo de outra pessoa. Amar outra pessoa. E amar mais que a mim
mesma. Eu acho o amor, puro e
verdadeiro, um dom na vida de alguém. Algo que nada nem ninguém possa fazer
igual. O jeito que cada um ama é tão pessoal que, se decifrado, decifraria
também o dono daquele coração. Amar alguém que está fora do meu mundo, fora de
mim. Amar outro mundo, cheio de defeitos, capaz de te magoar tão fácil como
mata uma formiga. Eu espero sinceramente poder sentir esse sentimento um dia e
dizer a alguém que eu o amo mais que a mim mesma, porque, se não estamos aqui
para nos entregarmos ao mundo, para quê então? Mas, com grandes pedidos, vêm
também grandes dúvidas e medo. Medo de ser destruída, medo de não saber como
reagir, medo de desabar. Mas é aí que está a magnitude da vida: a mesma coisa
que te constrói, pode te destruir. Viver já é se entregar, e nós não temos
escolha. Como no amor. Ninguém escolhe se apaixonar, e as consequências te
acertam como um tapa na cara e você não pode fazer nada além de reagir e correr
o risco de levar outro tapa. Tenho medo mas desejo tanto, tanto... Talvez o
amor seja para os prontos, para os merecedores e de coração puro. Exercício
diário, se apaixonar por tudo e todos a cada novo dia que nasce.
Looks de Natal
Há 10 anos
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