Nem dez por cento das mulheres são como vemos nas propagandas de tv, novelas, ou filmes. O ser humano está tão entrelaçado na diferença, que esqueceu de apreciar a simplicidade. Aquela garota que nem sempre tem uma foto naquele lugar onde poucos vão, com aquela roupa que deixa ela ficar “mulherão”, e com as companhias ditas “certas”, com certeza tem a sua beleza única, e que vai deixar o cara certo de queixo caído, principalmente quando ela estiver sem maquiagem nenhuma, coberta unicamente por um pedaço de pano: o lençol da cama dele.
Apreciar o que há de bonito na simplicidade é a forma mais pura de ver a beleza, como todos falam, em cada detalhe do seu dia. Aquela mecha caída no rosto, escondendo o sorriso bobo, as piadas tentando disfarçar o nervosismo e a vontade de agradar a qualquer custo, ou quando ela olha para você no seu momento de distração, só para tentar gravar seu rosto, tentando não esquecer detalhe nenhum.
Esse tipo de beleza, que tempo nenhum vai tirar, que idade nenhuma vai fazer ir embora. O tipo de admiração que tem como durar, e faz bem a quem olha e a quem é admirado. A simplicidade, por incrível que pareça, está nas coisas sim-ples. Pode parecer estranho e redundante o que eu acabei de dizer, mas parece que tem gente que não entende muito bem o significado dessa palavra.
Não sou digna de julgar ninguém, mas sinto que as coisas mais importantes vêm sendo deixadas de lado. Então brindemos. Brindemos àquela brisa que vem na hora certa, ou aquele perfume que você encontra no seu cobertor, mesmo depois de pensar que tinha esquecido dele. Daquela nota fiscal que te faz lembrar de como aquela noite andando na rua sem rumo foi boa.
Guarde tudo. Na memória, no coração, na carteira, no bolso, na alma. Dê valor ao que realmente importa para sua vida, e não para o momento ou as circunstâncias, porque se não, no fim do dia a gente se sente como quem me inspirou este texto disse: “Sem sal, sem tempero e sem sucesso”.